Copa do Mundo de Futebol Feminino da França 2019 – Favoritos

    Estamos a poucos dias da oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, esse ano a competição será disputada na França e será a segunda com o novo formato de disputa, antes o mundial era disputado por 16 equipes, mas desde a copa de 2015 no Canadá 24 seleções de todos os continentes lutam pela glória máxima do esporte.

    Nas sete edições anteriores tivemos um amplo predomínio da seleção dos Estados Unidos, as americanas ganharam medalhas em todas as copas já disputadas até hoje, foram 3 títulos, um vice e mais três medalhas de bronze. Também  por esse desempenho fantástico podemos colocar a seleção norte americana feminina como uma das favoritas em qualquer competição que elas entrarem.

    Os outros países que venceram a copa do mundo de futebol feminino foram a Alemanha (duas vezes), Noruega e Japão (uma vez cada). Outros países fizeram campanhas memoráveis mas não conseguiram levar a taça, foi o caso do Brasil em 2007 e da China em 1999. Mas esse ano a copa da França promete ser uma das mais equilibradas dos últimos tempos, com o futebol feminino crescendo a cada dia muitas seleções chegam bem mais preparadas pra competição deste ano.

    Neste artigo vamos dar uma olhada nas principais favoritas e também conhecer algumas possíveis surpresas.

    Estados Unidos

    Não dá pra falar de favoritismo em competições de futebol feminino sem mencionar as norte americanas. Elas ficaram entre as três primeiras colocadas em todas as sete copas do mundo disputadas até hoje, é sem dúvida a seleção mais qualificada e uma das grandes favoritas pra ganhar a copa desse ano.

    A técnica Jill Ellis tem nas mãos um elenco excepcional, conta por exemplo com a atacante Carli Lloyd que já foi eleita duas vezes a melhor do mundo e já participou da campanha de duas medalhas de ouro olímpicas. Há quem conteste se a seleção dos EUA vai conseguir manter o alto nível com jogadoras “envelhecidas”, Lloyd mesmo é uma das que já passaram dos 30.

    Mas devido ao alto investimento do país no futebol feminino já tem uma nova geração de muita qualidade surgindo, a atacante Mallory Pugh por exemplo, já fez 15 gols pela seleção com apenas 21 anos, ela é uma das candidatas a fazer uma grande copa e conduzir a seleção norte americana ao bicampeonato consecutivo e quarto mundial de sua história.

    Alemanha

    A segunda seleção com maior número de títulos mundiais também chega como uma das principais postulantes ao título pra esta Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 na França. A seleção alemã tem já duas copas do mundo e um vice campeonato, nos últimos anos a equipe passou por uma renovação e conta com um elenco bem jovem e talentoso, essa será a primeira grande competição do time alemão desde 2004 sem a grande capitã Anja Mittag, ela anunciou a aposentadoria de campeonatos internacionais em 2017.

    A seleção da Alemanha entra nessa copa como a atual segunda colocada do ranking, apesar de estar atrás dos Estados Unidos, as alemãs é que são as atuais campeãs olímpicas e se classificaram com facilidade nas eliminatórias europeias. A ex-jogadora e agora técnica Martina Voss-Tecklenburg é que terá a missão de organizar um time capaz de potencializar ainda mais o talento da meia atacante Dzsenifer Marozsan, a camisa 10 da seleção chega como uma das principais jogadoras do mundo ao fazer uma grande campanha com o Lyon campeão da Champions League.

    França

    Outra postulante ao título é a seleção dona da Casa, o momento do futebol francês é dos melhores, a seleção masculina é a atual vice da Eurocopa e atual campeã do mundo. As meninas da Le Bleue tentam aproveitar o momentum e ainda contam com o apoio da torcida para conseguir a sua primeira taça do mundo em casa.

    As francesas atualmente estão na quarta colocação do ranking mundial, este ano chegam com uma seleção mais cascuda e a expectativa de que vão conseguir superar a campanha de 2011 é grande, na ocasião a França ficou em quarto lugar. Outro resultado recente expressivo do futebol feminino da frança foi o título da Champions League conquistado pelo Lyon nesta temporada.

    Felizmente pro povo francês, o excelente time do Lyon forma a base da seleção, serão 7 jogadoras campeãs do mais importante campeonato de clubes da Europa defendendo a seleção nessa copa. Entre elas a capitã Amandine Henry que é o pilar no meio da seleção, ela e a atacante Eugénie Le Sommer são os principais nomes do time treinado pela ex-jogadora Corinne Diacre. A França é sem dúvida a seleção que ainda não tem títulos com maiores possibilidades de vencer a copa este ano.

    Possíveis Surpresas

    O futebol só é esse esporte de tanto destaque por conta da sua imprevisibilidade, por mais que façamos previsões baseadas na “lógica”, no momento do confronto são 11 contra 11 e qualquer detalhe pode resolver uma partida e mudar o destino de um campeonato. Por isso em todas as competições alguns times surgem como bons candidatos a surpresa e são ameaças reais ao domínio das equipes maiores.

    Com essa Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019 na França não é diferente, algumas seleções que despontam como possíveis surpresas são: Inglaterra, Holanda, Japão e Austrália. Inglaterra, Holanda e Austrália podem surpreender pelas equipes jovens e talentosas que conseguiram montar nos últimos anos, conseguindo bons resultados nas competições continentais prévias à esta copa do mundo.

    Enquanto a seleção japonesa é uma candidata porque é simplesmente um dos times mais consistentes do mundo. Além disso as japonesas chegaram às duas últimas finais de Copa do Mundo, sendo campeãs em 2011 e ficando com o vice em 2015, mesmo sem contar com alguns nomes de destaques das últimas copas o Japão é sempre um nome que deve ser respeitado nas competições de futebol feminino.

    Vale também uma menção honrosa às meninas do Brasil, apesar de estarem coletivamente um pouco atrás das principais seleções do mundo, ninguém tem uma jogadora eleita 6 vezes a melhor do mundo. Os talentos individuais como Marta, Cristiane e Andressinha são as melhores armas que o Brasil leva pra esta copa, talvez jogar sem a pressão da “obrigação” de vencer faça bem às nossas atletas e elas consigam surpreender com o improviso do futebol brasileiro.